quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Escola estadual: uns pensamentos...

Eu escrevo sobre vestibulares e Enem e Prouni e isso tem a ver com a formação educacional e então gosto de dar meus "pitacos" em tudo que abrange o processo educacional. São pensamentos e questionamentos que devem levá-lo à pensar e se quiser reclamar, fique à vontade.


Moro em São Paulo e tenho dois filhos em escola particular no ensino fundamental I, que poderia continuar se chamando primário (no meu tempo era assim, primário e ginásio).

Você me explica para que chamar de fund I e fund II? Não importa! Os políticos sempre mudam o nome das coisas para que acreditemos que foram eles que "inventaram a roda".

Mas o que gostaria de entender é porque na escola de meus filhos já começaram as aulas.

Quem determina as regras e as diretrizes da educação não é o governo, através de suas autarquias? Quem decide o período letivo não é a secretaria de educação? Quem fiscaliza as escolas não é a secretaria da educação, através de seus supervisores de ensino e diretores?

Pois bem, a aula dos "petizes" começou no dia 27 de janeiro e então são 11 dias, contando hoje 11 de fevereiro. Serão 15 dias até a semana após o carnaval.

Cada dia 5 aulas! E 5 X 15 = 75 aulas.

As escolas públicas começarão no dia 22 e algumas poucas no dia 18 de fevereiro.

Aí haverá reunião dos professores com a diretora da escola e depois haverá uma outra com os pais. Nada contra a reunião mas eu vou adiantar que estas reuniões acontecerão no horário de aula e então não haverá aula mas como é uma reunião pedagógica é considerado dia letivo.

O que dia letivo?

No meu entender é o dia que os alunos teem aula, aprendem algo, participam de alguma atividade, não necessariamente ao mesmo tempo.

Acredite se quiser: "Tem escola em que a festa junina é dia letivo!"

O professor tem que ir à escola, então precisa receber e aí não tem outro jeito. Troca o trabalho na festa da escola por uma folga!

Este ano tem eleição e deverá haver dois turnos, ou seja dois dias pra arrumar a escola e então não haverá aula. Engraçado que nas escolas particulares não acontece a arrumação.

Começou com 75 aulas a menos. Vai terminar com quantas aulas a menos?

Dá para entender porque o desempenho da maioria das escolas particulares é melhor que o desempenho da maioria das escola públicas?

Isto é só um pedacinho da dificuldade! Depois chamam as escolas particulares de escolas "privadas"!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

"Dois cursos em universidade pública ao mesmo tempo, não deve!" (2)

Escrevi sobre a proibição de cursar duas instituições públicas ao mesmo tempo em "Dois cursos em universidade pública ao mesmo tempo, não pode! (26/03/09)" e choveu reclamação sobre o direito de estudar, sobre a legalidade da situação e todos muito revoltados com isso.

Então eu emendei com "Dois cursos em universidade pública ao mesmo tempo, não deve!" e agora a conclusão!

Uma boa solução para quem quer fazer mais cursos é fazê-los um depois do outro e explico o porquê!

O Zeé concluiu o curso de administração e quer cursar ciências contábeis.

Primeiro que ele não precisa prestar vestibular. Ele solicita uma vaga por ser "portador de diploma de curso superior".

Você pensou rápido e eu digo: "Ele não está tirando uma vaga de quem está prestando o vestibular!"

Nota 1: Uma faculdade de um curso de 4 anos tem 100 vagas por turma então ela tem 400 vagas. Acompanhou? Existe uma taxa de desistência em torno de 20% ao ano. Certo? Então eles sempre teem vagas ociosas, sobrando.

O diplomado ocupará uma vaga ociosa porque solicitará "aproveitamento de estudos".

Nota 2: Aproveitamento de estudos é a popular "eliminação de disciplinas" que é pedido pelo estudante porque já cursou a mesma disciplina no curso de administração (exemplo do Zeé). Atenção que a carga horária deve ser próxima. O conteúdo programático da disciplina também deve ser parecido. O nome da disciplina não indica que o conteúdo programático seja igual.

O responsável pela cadeira (disciplina) fará a avaliação e dará o parecer sobre a eliminação. Numa mesma instituição as disciplinas são eliminadas automaticamente.

O aluno, então, irá cursar somente as disciplinas novas, que ainda não cursou. O novo curso, não raro, fica reduzido a 1,5 ou 2 anos.

Nota 3: Fique claro que isto acontece para cursos que mantenham certa afinidade. Não aconteceria a um enfermeiro que quer cursar engenharia. Neste caso o portador de diploma eliminará pouquíssimas disciplinas e cursaria o segundo curso quase que integralmente, mas uma pessoa nesta condição está muito "perdido".

Então após isto o estudante terá dois diplomas de bacharel. Os cursos forma feitos com calma e o aproveitamento será muito maior, principalmente depois de concluir o primeiro curso.

A pessoa estará mais adulta e o conhecimento conquistado ajudará muito na compreensão do segundo curso.

Eu indicaria, ao invés de um segundo curso, uma especialização em finanças ou até um mestrado na área o que representaria mais do que o segundo curso e tem uma duração idêntica.

O porque de "separar" os cursos:

- poderia trabalhar, colocando em prática a teoria da sala de aula e adquirir experiência de mercado;

- viver com sua própria verba ou, ao menos, não pedir dinheiro para roupa ou para baladas;

- o mais importante que é sentir-se valorizado e cidadão que produz e recebe por isso;

- bancar o segundo curso com seu próprio trabalho.

Esta sensação é muito legal!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Dois cursos em universidade pública ao mesmo tempo, não deve!

Escrevi sobre a proibição de cursar duas instituições públicas ao mesmo tempo em "Dois cursos em universidade pública ao mesmo tempo, não pode! (26/03/09)" e choveu reclamação sobre o direito de estudar, sobre a legalidade da situação e todos muito revoltados com isso.

Então eu emendo com
"Dois cursos em universidade pública ao mesmo tempo, não deve!"

Quem foi que disse que fazer dois cursos é melhor do que fazer um?

Quem disse que volume é melhor que qualidade? Se você compra xampú porque o pote é grande, não deve estar preocupado com a qualidade!

Vamos analisar a situação.

Uma pessoa, chamada Zeé, faz um curso pela manhã e o outro à tarde. Entra para a aula às 8h e sai às 12h e corre para a outra faculdade onde tem aulas das 13h às 17h. Isto acontece porque as faculdades tem horários rígidos.

No caminho o Zeé come um "negócio qualquer" num "lugar qualquer".

O Zeé chega em casa às seis e está cansado. Todos sabemos que mais do que 5 horas de aula o rendimento cai muito. Então ele vai estudar?

Você mesmo respondeu, não preciso dizer... Ele precisa descansar e tomar banho, e jantar e... Zzzzzzzz...

A que horas ele estuda? Quando ele vai aprofundar os conhecimentos? Qual a taxa de aproveitamento do Zeé?

Qual dos cursos ele terá melhor rendimento?

E se o Zeé estudasse de manhã e à noite? Seria melhor ou pior? E pedir grana pro pai até os 22 anos...

Não adianta pensar que "não interessa eu vou fazer!"

A pessoa que pensa em fazer dois cursos simultaneamente tem problemas e não quer admitir: "Não sabe o que quer!" Isso é uma pessoa que quer descobrir as possibilidades dos cursos e não tem nenhuma certeza. Tem dúvidas sobre o que quer e sobre o que gosta!

Como ela fará o estágio obrigatório?

O melhor é escolher um curso aproveitar o máximo e especializar-se, dedicando todo tempo possível a aumentar seu conhecimento.

Depois ampliar seus estudos com mestrado, doutorado e livre-docência e virar uma referência pelo conhecimento específico e não pela generalidade.

Agora se seu sonho é colecionar diplomas...

continua em Dois cursos em universidade pública ao mesmo tempo, não deve! (2)

Prouni 2010 - inscrições abertas

O Prouni (Programa Universidade para Todos) tem como objetivo dar bolsas de estudo integrais e parciais (50%) a estudantes carentes em instituições particulares.

Neste semestre serão 165 mil bolsas de estudo, sendo 86 mil integrais e 79 mil em que o aluno pagará metade da mensalidade. As inscrições começaram no sábado - 6 de fevereiro - e terminam na 4ª feira, dia 10 de fevereiro.

Clique aqui e inscreva-se!

Para participar é necessário que o estudante tenha feito o Enem 2009 (Exame Nacional do Ensino Médio) e que tenha uma média mínima, das cinco notas, de 400 pontos. Precisa também ter renda familiar de três salários mínimos (R$ 1.530) por pessoa para concorrer às bolsas de 50%; e renda por pessoa de um salário mínimo e meio (R$ 765) para concorrer às bolsas integrais.

Também deve atender a uma destas condições:
- ter cursado o ensino médio completo em escola pública ou em escola privada com bolsa integral;
- ter cursado o ensino médio parcialmente em escola pública e parcialmente em escola privada com bolsa integral;
- ser professor da rede pública de ensino básico, em efetivo exercício e estar concorrendo a vaga em curso de licenciatura, normal superior ou pedagogia. Para estes casos não será considerada a renda familiar.

O candidato pode escolher cinco opções de curso e instituições. Se o aluno não for selecionado haverá uma nova oportunidade.

Os candidatos pré-selecionados serão conhecidos dia 13 de fevereiro. Esses alunos deverão comprovar as informações pessoalmente na instituição em que foi classificado entre 17 e 26 de fevereiro.

A segunda etapa de inscrições vai de 4 a 7 de março, com resultados no dia 10 do mesmo mês.