quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

"Dois cursos em universidade pública ao mesmo tempo, não deve!" (2)

Escrevi sobre a proibição de cursar duas instituições públicas ao mesmo tempo em "Dois cursos em universidade pública ao mesmo tempo, não pode! (26/03/09)" e choveu reclamação sobre o direito de estudar, sobre a legalidade da situação e todos muito revoltados com isso.

Então eu emendei com "Dois cursos em universidade pública ao mesmo tempo, não deve!" e agora a conclusão!

Uma boa solução para quem quer fazer mais cursos é fazê-los um depois do outro e explico o porquê!

O Zeé concluiu o curso de administração e quer cursar ciências contábeis.

Primeiro que ele não precisa prestar vestibular. Ele solicita uma vaga por ser "portador de diploma de curso superior".

Você pensou rápido e eu digo: "Ele não está tirando uma vaga de quem está prestando o vestibular!"

Nota 1: Uma faculdade de um curso de 4 anos tem 100 vagas por turma então ela tem 400 vagas. Acompanhou? Existe uma taxa de desistência em torno de 20% ao ano. Certo? Então eles sempre teem vagas ociosas, sobrando.

O diplomado ocupará uma vaga ociosa porque solicitará "aproveitamento de estudos".

Nota 2: Aproveitamento de estudos é a popular "eliminação de disciplinas" que é pedido pelo estudante porque já cursou a mesma disciplina no curso de administração (exemplo do Zeé). Atenção que a carga horária deve ser próxima. O conteúdo programático da disciplina também deve ser parecido. O nome da disciplina não indica que o conteúdo programático seja igual.

O responsável pela cadeira (disciplina) fará a avaliação e dará o parecer sobre a eliminação. Numa mesma instituição as disciplinas são eliminadas automaticamente.

O aluno, então, irá cursar somente as disciplinas novas, que ainda não cursou. O novo curso, não raro, fica reduzido a 1,5 ou 2 anos.

Nota 3: Fique claro que isto acontece para cursos que mantenham certa afinidade. Não aconteceria a um enfermeiro que quer cursar engenharia. Neste caso o portador de diploma eliminará pouquíssimas disciplinas e cursaria o segundo curso quase que integralmente, mas uma pessoa nesta condição está muito "perdido".

Então após isto o estudante terá dois diplomas de bacharel. Os cursos forma feitos com calma e o aproveitamento será muito maior, principalmente depois de concluir o primeiro curso.

A pessoa estará mais adulta e o conhecimento conquistado ajudará muito na compreensão do segundo curso.

Eu indicaria, ao invés de um segundo curso, uma especialização em finanças ou até um mestrado na área o que representaria mais do que o segundo curso e tem uma duração idêntica.

O porque de "separar" os cursos:

- poderia trabalhar, colocando em prática a teoria da sala de aula e adquirir experiência de mercado;

- viver com sua própria verba ou, ao menos, não pedir dinheiro para roupa ou para baladas;

- o mais importante que é sentir-se valorizado e cidadão que produz e recebe por isso;

- bancar o segundo curso com seu próprio trabalho.

Esta sensação é muito legal!

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