Fico preocupado com a educação superior. Alunos, professores e mantenedores fazem “vistas grossas” para a história da carga horária.
Vamos imaginar a situação de um curso superior. Em seguida, uma disciplina qualquer do mesmo curso com 4 horas/aula por semana. A título de curiosidade: uma hora/aula tem 50 minutos. A aula, no período noturno, começa as 19h20 e vai até as 23h.
Então teremos:
1ª aula – das 19h20 as 20h10
2ª aula – das 20h10 as 21h
Intervalo de 20 minutos
3ª aula – das 21h20 as 22h10
4ª aula - das 22h10 as 23h
Agora vou explicar como funciona.
Escolhi uma quarta-feira como um dia da semana. Se as aulas começaram no dia 9 de fevereiro, teremos dezoito semanas até a última quarta-feira de junho. As férias regulamentares dos professores são em julho. Logo, o período letivo terá dezoito semanas com 4 aulas/hora por dia. Isso corresponde a 72 horas/aula.
Acontece que dessas dezoito semanas, ou dezoito dias letivos, teremos dois dias para as avaliações. Também teremos um dia para a substitutiva, que é uma avaliação, o próprio nome diz, que substitui a ausência do aluno em uma das avaliações anteriores.
Caso o aluno não consiga alcançar a média estabelecida pela instituição, ele poderá fazer um exame final, que ocupa outra data.
Portanto dos dezoito dias letivos sobraram quatorze. Então a carga horária real do curso é de 56 horas/aula. Uma perda considerável se somadas as perdas dos outros dias da semana e do período de duração do curso.Realmente estamos com problemas na educação.
Não é à toa que perto de 1500 professores temporários do estado tiraram zero em uma prova seletiva.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Carga horária? O que é isso?
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